INTRODUÇÃO
AO BARROCO
Alguns dos grandes estilos
criados pela civilização ocidental receberam nomes que a princípio eram
expressões de desdém: gótico, barroco e rococó.
A palavra rococó era muito usada nas marcenarias francesas da segunda
metade do século XVIII para designar as formas sinuosas e ornamentadas do
mobiliário Luís XV.
A arte do Ocidente nos
séculos XVII e XVIII é conhecida genericamente de “arte barroca”, embora o
termo “barroco” aplique-se mais especificadamente à arte seiscentista, e o
termo” “rococó” à arte setecentista.
O rococó é um estilo artístico que
nasceu na França no ano de 1700, espalhando-se pela Europa no século
XVIII. É considerado uma espécie de
continuação um pouco modificada da arte barroca e sofreu um contra-ataque do neoclassicismo,
que sucumbiu na Inglaterra, França e Itália por volta de 1760.
O
período barroco é o período da civilização ocidental mais rico em variedade de
expressões, quando cada um dos povos da Europa inventou as formas artísticas
que melhor se ajustavam a seu próprio gênio. Com isso, houve imensa troca
cultural no campo intelectual, gerando assim, grande variedade de estilo. A
efervescência desse intercâmbio artístico teve início na quarta parte do século
XVII. Roma era então o pólo de atração de toda a Europa, pois fornecia grande
quantidade de especialistas que levaram as formas da arte para os países que os
acolheram. Essas formas originais não tardavam a perder suas características
nacionais e foram absorvidas pelo novo ambiente.
O termo barroco se
popularizou a partir do início do século XVIII, derivado do francês “baroque”,
que indica irregularidades, extravagâncias e coisas bizarras. Já na Península
Ibérica, indicava um tipo de pérola de forma irregular e bizarra, enquanto na
Itália, uma conversa pedante, contorcida e de escasso valor argumentativo. Por
isso, as produções artísticas européias do final do século XVI até quase
a metade do século XVIII foram consideradas inicialmente inferiores as grandes
obras do Renascimento por não respeitar as leis reguladoras que haviam sido
definidas e seguidas naquele período da cultura humana. A arte barroca
estendeu-se por todo o século XVII e pelas primeiras décadas do século XVIII,
onde sua difusão abrangeu quase toda a Europa e América Latina. O aparecimento
das formas barrocas dá-se em épocas diferentes em cada país bem como o seu
declínio, e diferem muitíssimo de nação para nação.
O
Barroco assume diferentes nomes em outros países, como Marinismo na Itália (por
influência do poeta Giambattista Marini); Gongorismo na Espanha (por influência
do poeta Luis de Gongorra Y Argote); Preciosismo na França (devido ao requinte
formal dos poemas); Eufuísmo na Inglaterra (termo criado a partir do título do
romance “Euphues, or the anatomy of wit, do escritor John lyly”).
No plano teórico, o
caráter típico do Barroco foi uma enorme ambiguidade. Seus artistas
declamavam-se herdeiros do Renascimento e declaravam aceitar-lhe as regras; mas
violavam-nas sistematicamente, quer na letra, quer no espírito. A verdade é que
eram diferentes as finalidades dos dois movimentos e por isso, foram adotados
processos diferentes, ou melhor: opostos. O Renascimento virava-se para a
razão: queria acima de tudo convencer. O Barroco, pelo contrário, apelava para
o instinto, sentidos e fantasia, isto é, tendia para o fascínio. Não foi por
acaso que nasceu como instrumento da Igreja Católica, que naquela época se
empenhava em recuperar os hereges ou pelo menos, consolidar a fé dos crentes,
impressionando-os com a sua própria majestade.
O suíço Heinrich Wölfflin,
em 1888 tratou o barroco como um estilo independente que se seguiu ao
Renascimento apresentando valores extremamente positivos para a história da
arte. Segundo Wölfflin, enquanto os artistas renascentistas buscavam a linha e o
desenho, os planos e a superfície, formas fechadas, enquanto os barrocos
procuravam o pictórico, as cores, a profundidade e os volumes, as formas
abertas, a leveza, unidade e multiplicidade, cada elemento com seu valor
próprio. A partir dessa teoria o barroco adquiriu uma nova e adequada posição
na história da arte.
Como estilo artístico, ao
Barroco vinculam-se diretamente acontecimentos históricos, religiosos,
econômicos e sociais de grande significação para a história da humanidade, como
por exemplo o início dos governos absolutistas europeus, especialmente na
França, na Áustria e na Alemanha, quando os reis eram considerados como
senhores absolutos, com amplos poderes adquiridos pelo direito divino, passando
a exigir das artes sua glorificação pessoal. Porém, a Contra-Reforma
trouxe novos condicionamentos para a
arte e se ligou intimamente ao surgimento do Barroco através da construção de
igrejas e mosteiros com novas características arquitetônicas e plásticas.
A transição do
Renascimento para o Barroco se deu através do “maneirismo”, que eram as
modificações artísticas no tratamento plástico dos diversos tipos de temas, que
estavam ligados com a forma da qual os artistas trabalhavam.
É tido como o início do
Barroco o período correspondente aos pontificados de Sisto V (1585-1590) e
Paulo V (1605-1621), com o sistema de valores formais próprios, elaborados no
círculo artístico de Roma e de Bolonha.
Como cada região traduziu
o Barroco a seu modo, seguindo suas condições específicas e interpretando o
estilo com suas peculiaridades próprias, confere ao Barroco uma característica
de diversificação, porém dificulta a identificação de suas especialidades, visto
que existem inúmeras áreas de transição até o neoclassicismo do século XVIII,
como o Barroco Tardio e o Rococó, por muitos considerados o “Barroco do
Barroco”. Na França, por exemplo, o estilo penetrou com certa dificuldade pelas
fortes convicções clássicas, enquanto na Áustria e no sul da Alemanha tiveram
grande esplendor. Já na Espanha, devido as guerras, o estilo demorou mais tempo
para se firmar e encontrar sua expressão nacional. Nos Países Baixos, não foram
construídos os grandes palácios barrocos edificados na França e na Áustria, por ser de sociedade mais
burguesa e eminentemente comercial. No Brasil, no final do século XVIII e nas
primeiras décadas do século XIX ainda brilhava o gênio barroco de Antônio
Francisco Lisboa, o Aleijadinho.
Quebrando a linearidade
rígida, a arte barroca oferecia variadas alternativas de leitura, estimuladas
pela profundidade e variedade dos focos na obra. Com essa abertura, fazia-se um
forte apelo às impressões sensoriais do leitor procurando que ele se envolvesse,
intelectual e sensorialmente, na obra.
1.
Influência
ideológica:
·
Contra-Reforma;
·
Concílio
de Trento
2.
Características
·
Exuberância
verbal
·
Dualidade
ideológica:
o
Cristianismo
medieval
o
Racionalismo
Renascentista
Segue-se ao Barroco um
período de difusão do racionalismo e de valorização da concepção científica do
mundo. Prega-se uma revolução baseada no progresso do conhecimento humano. É a
época dos enciclopedistas expoentes de uma sociedade voltada para a precisão e
para a máquina, e que acredita na melhoria da vida social graças a divulgação
do saber. A esse período dá-se o nome de Neoclassicismo, que foi uma tentativa
de retorno, no século XVIII, aos padrões greco-latinos.
O BARROCO NA ITÁLIA
2.1 Século XVII
Foi a Itália que criou o sistema de valores formais
próprios da arte conhecida mais tarde como barroco. A arte barroca é vista como
um meio de propagar o catolicismo e ampliar a sua influência, inclusive em
regiões desconhecidas do Ocidente, onde seus missionários tratavam uma batalha
espiritual para converter os nativos a religião cristã.
A Igreja desejava restaurar na Cidade Eterna, Roma, seu
grandioso estilo antigo e construiu um grande número de palácios, igrejas e
colégios, além dos mosteiros e conventos para alojar as novas ordens criadas
pela Contra-Reforma (que é o nome dado ao movimento criado no seio da Igreja
Católica em resposta à Reforma Protestante, iniciada com Lutero, a partir de
1517), das quais a mais ativa era a Companhia de Jesus.
A Itália tinha a admiração da Europa. Durante a primeira
metade do século XVII, suas cortes ditaram o tom da civilização e era o exemplo
do refinamento da vida civilizada para os países nórdicos, onde havia crimes
brutais de guerras religiosas. Com o trabalho que era realizado em Roma, vários
artistas, de todos os países, eram atraídos para a cidade, como Rubens e Van
Dyck da Flandres, Van Baburen e Terbruggen da Holanda e Elsheimer da Alemanha,
que permaneceram em Roma por um longo período e levaram para seus países os
princípios que os ajudariam a abandonar o maneirismo, que era uma revisão dos
valores clássicos e naturalistas prestigiados pelo Humanismo Renascentista e
cristalizados na Alta Renascença (finais de 1400 e começo de 1500).
2.2 Arquitetura
Os arquitetos italianos tinham um grande volume de
encomenda, especialmente igrejas. Estas eram construídas segundo uma ampla
variedade de plantas baixas, comumente com uma nave única, capelas laterais,
abside simples e uma grande cúpula sobre um cruzeiro com arcos transversos
baixos.
Outro tema arquitetônico do século XVI foi a casa de
campo, sucessora das vilas dos antigos romanos, sendo uma das principais
produções. A casa (ou palácio) ficava de frente para um jardim em vários
níveis, o que simbolizava a associação do príncipe com as forças da natureza.
Dentre todos os edifícios construídos, os mais originais
eram os teatros. Como exemplo, temos o Teatro Olímpico, em Vicenza, concebido
para representações de peças antigas. Ele foi desenvolvido e adaptado para a
ópera do gênero espetacular e para oferecer maior conforto aos espectadores,
acomodando-os em filas semicirculares de camarotes sobrepostos.
A Itália, berço do barroco, ostenta um quarteto de
excelentes arquitetos: Gian Lorenzo Bernini, Borromini, Guarino Guarini, e
Piero da Cortona. Todos os edifícios são inconfundivelmente barrocos, mas cada
um deles com caráter muito diferente. Bernini – e, em menor medida, Piero da
Cortona – representam o barroco áulico, majestosos, exuberantes – porém, mais
aberrante – que teve a maior expansão na Itália. É um barroco que apresenta de
maneira quase típica todos os caracteres acima descritos, associando-os sempre
a um aspecto de grandeza e dignidade que se torna quase clássico. Os edifícios
de Bernini caracterizam-se por seu núcleo: a grande elipse da praça de São
Pedro, a galilé redonda sobre a fachada de Sant’Andrea do Quirinal, e outros. O
modo de traçar de Borrominini é muito mais atormentado, intelectual e original.
Suas obras distinguem-se por vezes pela extrema complexidade das plantas e das
paredes, bem como pela pontual e encarniçada contestação de cada pormenor
tradicional: capitéis (os quais tinham, no entanto, por regra, este objetivo).
A arquitetura barroca espalhou-se por toda a Itália. Em
Turim, no ano de 1666, foi construída a Capela Real, a Capela de Santa Sindone
(capela funenária onde é venerado o sudário de Cristo), a Igreja de San Lorenzo
e o Palazzo Carignano por Guarino Guarini (1624-1683), que fazia parte da
congregação dos teatrinos. Guarini deu continuidade à concepção de Borromini,
preferindo plantas baixas centrais e vendo a arquitetura como algo extremamente
expressivo. O estilo do padre Guarini contém todos os princípios do rococó:
tons pastéis, luz difusa inundando os interiores por meio de numerosas janelas
e o relevo abrupto das superfícies.
2.3 Escultura
A escultura barroca considerou a arte como um meio de expressar
as paixões da alma, que preocupavam os filósofos, graças ao avanço da
psicologia. Muitos artistas elaboraram tratados sobre o amor, sendo o do pintor
francês Charles Le Brun um dos mais famosos. A técnica deveria representar o
amor, sofrimento, raiva, ternura, medo, ironia, desespero, audácia, etc., sendo
retratados de forma extrema. Tal tendência culminou nas explosões veementes das
tragédias de Racine.
O
santo do barroco é um confessor da fé, demonstrando-a através da palavra, do
martírio e do êxtase. Uma das principais artes dessa época é a ópera, da qual
derivam todas as outras, afinal muitos efeitos monumentais foram experimentados
no teatro antes de concretizar-se em pedra.
Deve-se salientar que quase todos os escultores eram
restauradores de estátuas antigas e a restauração nessa época, pretendia
remontar toda a obra de arte, tornando-se uma reinterpretação. O mais perfeito
exemplo de sofrimento produzido foi do grupo Laocoonte, uma obra de escultores
ródios do século I, redescoberta em 1506 num vinhedo em Roma, e serviu de
inspiração para a criação do rosto de Cristo agonizante.
Bernini,
além de arquiteto foi também escultor e compôs óperas. Expressou desde a
brutalidade do guerreiro (em Davi) ao êxtase (O Êxtase de Santa Tereza), além
de ter tratado o tema da morte com uma nova dramaticidade nos túmulos de Urbano
VIII e Alexandre VII, em São Pedro.
2.4
Pintura
Os artistas barrocos, pintavam sobre
as paredes, e sobretudo nos sofitos das igrejas e dos palácios, ampalas e
movimentadas cenas, as quais pretendiam dar a impressão de que as paredes, ou
sofitos, não existiam, ou, pelo menos, que se dilatavam de uma maneira
impressionante. Essa técnica se chama trompe
l’oeil. A utilização dela não era nova. Mas, com o barroco, se transformou
numa regra quase obrigatória. Ela apresenta todas as características próprias
do barroco: grandiosidade, teatralidade, movimento, tentativa para representar
o infinito; ainda por cima, com uma habilidade técnica quase sobre-humana.
As pinturas trompe l’oeil são muito variadas no que se respeita às histórias
que nos contam – vidas de santos, de soberanos, de heróis, de personagens
mitológicos e outras -, mas constantes nos elementos utilizados: arquiteturas
triunfais projetadas em direção ao céu, revoadas de anjos e santos, figuras de
movimentos rápidos, com as vestes infladas
e sacudidas pelo vento.
A pintura sobre tela barroca começa
com o artista Michelangelo Merisi, chamado Caravaggio, nome da sua província de
origem. Sob as vestes dos santos, dos apóstolos e dos padres da Igreja, os seus
quadros mostram robustos homens do povo, taberneiros, jogadores: isto é já um
considerável desvio em relação ao Renascimento, com as suas figuras
aristocráticas e ambientes idealizados. Todavia, o aspecto mais importante não
só é o que se representa, como também como se representa. O quadro, de fato,
não é iluminado de maneira uniforme, mas sim por manchas: detalhes banhados por
uma luz viva e intensa alternam se com zonas de sombra escura. É uma pintura
dramática, violenta, absolutamente coerente com uma época de grandes contrastes
como a do barroco.
Apesar de nascer na Itália, o seu
desenvolvimento foi fraco naquele país. A península produziu uma grande
multidão de decoradores, que continuaram até aos finais do século XVIII
enfeudados à tradição de pintura trompe
d’oeil; mas não teve pintores capazes de continuarem a obra de Caravaggio.
2.5 Artes menores
O mobiliário
italiano desse período estava atrasado sendo que até cerca de 1600 os
marceneiros não se atualizaram as formas Renascentistas. Havia poucos tipos de
peças, os armários eram cobertos com acessórios de bronze dourado, colunas
miniaturais e incrustações em mármore precioso. No mobiliário do primeiro terço
do século XVIII a sobrecarga barroca era ostensiva e somente na primeira metade
do século surgiram fábricas de tapeçarias, derivadas das tapeçarias flamengas.
Os tecidos
produzidos em Gênova e em Veneza eram de excelente qualidade e de grande
procura em toda a Europa.
2.6 Século XVIII
Apesar de alguns realinhamentos políticos,
havia paz na Itália do século XVIII. O território ainda estava dividido em
vários Estados, dos quais os mais importantes eram o Reino das Duas Sicílias, o
Grão-Ducado da Toscana, a República de Veneza e os Estados Papais. Veneza, Roma
e Nápoles eram os principais centros de arte, por diferentes razões. As pessoas
iam a Veneza para ver as obras-primas da Renascença, mas obras contemporâneas
também obtinham considerável sucesso, sobretudo entre visitantes da Europa Central
e da Inglaterra. Em Romas novas atrações somaram-se àquelas que a cidade Eterna
apresentara no século anterior: a organização de museus tornou as coleções mais
acessíveis ao publico. Roma em 1775, criou as bases racionais e cientificas da
arqueologia em sua grande Geschichte der Kunst des Altertums [História
da Arte da Antiguidade]. Assim, Roma torna-se o lugar ideal para a
cristalização do neoclassicismo.
2.7 Arquitetura
Apesar de toda a importância dos edifícios
erigidos no século precedente, o impeto da arquitetura não perdeu o foco na
Itália setecentista, e prosseguiu a criação de grandiosos cenários urbanos. Em
meados no século, o neoclassicismo deixou sua marca na arquitetura Romana. Mas,
de modo geral, após a morte de Bernini Roma deixou de ser um lugar de inovação;
os principais centros de obras originais estavam na periferia, na Itália
meridional e no Piemonte. Na igreja dos Gesùati, Giorgio Massari criou uma
variação barroca sobre o tema da fachada palladiana. Em 1734 a coroa das Duas
Sicílias coube a um filho de Felipe V da Espanha, que reinou como Carlos VII.
Esse príncipe megalomaníaco começou a erigir edifícios colossais. Mas Carlos
VII também convocou artistas de fora para satisfazer a grande demanda por ele criada. Entrementes na Sicília – em
Palermo, Catânia, Siracusa e Messina – um barroco super ornamentado desfrutava
de plena liberdade.
A sudoeste de Siracusa o terremoto de 1693
possibilitou a reconstrução de toda uma serie de cidades – Noto, os arquitetos
fizeram um admirável cenário barroco, extraindo a máxima vantagem da
oportunidade de tratar a cidade inteira – com suas praças, escadarias, igrejas
e palácios – como uma única obra de arte.
O desvario ornamental chegou ao auge no extremo
sul da Itália, em Lecce, misturaram reminiscências do gótico e do renascimento
com o barroco e edificaram com uma espécie de cidade onírica, fruto de uma
imigração que nenhum tipo de conformismo pode conter.
Enquanto o Sul favorecia um barroco
independente, o norte o refreava. Em 1714 Filippo Jurava, discípulo de Carlos
Fontana, foi convocado a Turim por Vitório Amedeo II de Sabóia e passou a reprimir a tendência ao rococó
Guarino Guarani iniciara. Às vezes Jurava reintegrou a arquitetura no norma
berniniana. Em Stupinigi construiu um palácio cuja planta em forma de X foi
ditada pelos requisitos de um pavilhão de caça: as fachadas são clássicas, mas
o interior apresenta um moderado estilo barroco. Em sua basílica della Superga,
perto de Turim, depurou as formas berninescas para alcançar uma elegância que
já é inteiramente neoclássica.
A produção deste arquiteto foi considerável,
tanto em Turim quanto em outras cidades italianas. Sua reputação era de tal
ordem, que ele foi chamado a Lisboa, Londres e Paris para consulta: e faleceu
em Madri, onde fora, a convite, projetar o palácio real.
Em Turim o espírito de Guarani não se extingui
por completo, apesar da reação contraria de Jurava. Ainda inspirou Bernardo
Vittone, que gostava de entrecortar planos e abóboras com nervuras
entrelaçadas, mas atenuou o dinamismo de Guarani com certa elegância de
proporção inspirada em Jurava.
2.8 Escultura e pintura
As igrejas Romanas não paravam de receber
estátuas e túmulos, e as oficinas dos escultores estavam em plena atividade.
Produziam até para exportação. A escultura ainda mais que a arquitetura, agora
estava presa ao estilo de Bernini (um eminente artista do estilo barroco) –
assim contrastando, em certa medida, com a pintura, que em Roma logo começou a
inclinar-se com o neoclassicismo. A escultura foi ao original em Nápoles e na
Sicília.
A pintura italiana do século XVIII apresenta
uma situação complexa. Nela coincidem o passado, o presente e o futuro. É mais
bem estudada deste ponto de vista que em função das várias escolas.
Em Bolonha, mais que em qualquer outra cidade,
muitos pintores continuaram num formalismo seiscentista que acabou fossilizado.
Em Nápoles floresceu toda uma escola de
pintores decorativos. Francisco de Mura opta por uma alegria de cores que faz
dele o Tiepolo napolitano. O amor ao realismo, que no século precedente,
manteve os pintores napolitanos muito ativos na produção de naturezas-mortas.
No norte da Itália, em Lombardina, esse
realismo levou alguns pintores às cenas de guerra; para executa-las, eles se
baseavam na observação da vida dos camponeses ou de pedintes, que retratavam
com certo rigor satírico. Foi em Veneza que a pintura rococó recebeu o justo
reconhecimento. Veneza, enamorada de sua própria beleza, deu origem a numerosos
paisagistas que reproduziram seus palácios, praças e canais, com a vida
pitoresca que os enchiam; e essas vedute logo obtiveram grande sucesso
em toda Europa. A reputação dos pintores venezianos era tanta que se viam
solicitados a trabalhar em numerosas cortes estrangeiras.
Foi em roma, pouco antes de meados do século, que a pintura italiana assumiu um rumo definitivamente neoclássico, oposto ao seicento barroco e ao rococó veneziano. Os artistas agora renunciavam às seduções do imaginário.
3. SANTOS
A bíblia afirma que Deus é
santo (Levíticos 11,44; Apocalipse 4,8). Porém, contemporaneamente, apela aos
crentes que busquem a santidade: “sejais santos por que eu sou santo”
(Levíticos 11,45).
Há
mais de dez mil santos e beatos católicos, visto que não existe um processo
fixo de canonização.
Os
santos são pessoas normais, que em vida tiveram atitudes muito benéficas para
com o próximo e são nomeados de acordo com os milagres ou atitudes realizadas
pelo Papa. Isso acontece desde a idade média, por volta dos anos 1300. Antes,
porém, os santos eram pessoas com valor apenas a nível regional. Era o bispo de
cada diocese a estabelecer a santidade e o conseqüente culto na respectiva
região geográfica. Se uma diocese celebrava a memória de uma pessoa, não
significava que outras dioceses o fizessem.
Antes ainda, no início da igreja, não existia uma canonização propriamente dita. O martírio era a confirmação da santidade de uma pessoa e, portanto, os primeiros santos foram os primeiros mártires, que são chamados também de proto-mártires - Normalmente se diz que Santo Estevão foi o primeiro mártir da igreja. Alguém que era martirizado recebia a graça da memória dos fiéis. Foi somente em seguida que o título de santo passou a outras pessoas.
Antes ainda, no início da igreja, não existia uma canonização propriamente dita. O martírio era a confirmação da santidade de uma pessoa e, portanto, os primeiros santos foram os primeiros mártires, que são chamados também de proto-mártires - Normalmente se diz que Santo Estevão foi o primeiro mártir da igreja. Alguém que era martirizado recebia a graça da memória dos fiéis. Foi somente em seguida que o título de santo passou a outras pessoas.
A seguir, veremos alguns
santos católicos e suas histórias.
3.1
São Jorge
Falecido
em 23 de abril de 303, na Nicomédia, São Jorge é o santo patrono da Inglaterra,
Portugal, Geórgia, Catalunha, Lituânia, da cidade de Moscovo e,
extra-oficialmente, da cidade do Rio de Janeiro (título oficialmente atribuído
a São Sebastião), além de ser padroeiro dos escoteiros, do S.C Corinthians Paulista e
da Cavalaria do Exército Brasileiro.
A devoção a São Jorge é tida na Igreja Católica,
Ortodoxa, Anglicana e na Umbanda. Seu principal templo fica em Lida, Israel,
nomeado como Igreja de São Jorge, onde se encontram suas relíquias como a cruz
de São Jorge e sua espada. Seu templo foi erguido a mando do imperador romano
Constantino I.
Nascido na antiga Capadócia mudou-se ainda criança
para a Palestina com sua mãe, após seu pai ter falecido em batalha. Sua mãe,
originária da Palestina, possuía diversos bens e o educou com esmo. Já na
adolescência, Jorge entrou para o exército romano e logo foi promovido a
capitão e recebeu o título de conde da Capadócia pelo imperador. Aos 23 anos,
sua mãe faleceu e ao receber a herança, foi residir na corte imperial em
Nicomédia, exercendo a função de Tribuno Militar. Ao perceber que havia tanta
crueldade contra os cristãos, Jorge distribuiu sua riqueza entre os pobres.
Quando o imperador Diocleciano declarou seus planos
para eliminar os cristãos, Jorge declarou-se espantado com tais planos e
afirmou que os ídolos adorados nos templos pagãos eram falsos deuses. Todos
ficaram atônicos com sua declaração, que defendia com ousadia a fé em Jesus
Cristo. Indagado por um cônsul sobre a origem dessa ousadia, Jorge prontamente
respondeu-lhe que era por causa da Verdade. O tal cônsul, não satisfeito, quis
saber: "O que é a Verdade?". Jorge respondeu-lhe: "A Verdade
é meu Senhor Jesus Cristo, a quem vós perseguis, e eu sou servo de meu redentor
Jesus Cristo, e Nele confiando me pus no meio de vós para dar testemunho da
Verdade."
O imperador então tentou fazê-lo desistir de sua fé
com torturas, porém Jorge permaneceu fiel e muitos soldados tiveram compaixão
com ele, pois mesmo sendo torturado diariamente, de diversos modos, ele não
abria mão de sua fé. Foi essa fé que levou diversos romanos a se converterem ao
cristianismo, inclusive a mulher do imperador. Diocleciano desistiu de
convencê-lo e ordenou que o degolassem no dia 23 de abril de 303, na Nicomédia
(Ásia Menor). Seus restos mortais foi
levado para Lida, onde foi sepultado e mais tarde o imperador Constantino,
também cristão, ordenou a construção de um oratório para que a devoção de São
Jorge fosse espalhada por todo o Oriente. Hoje, existem diversas igrejas em
homenagem ao santo.
A Lenda do Dragão e da Princesa
Segundo a sabedoria popular, é dito que: “Baladas
medievais contam que Jorge
era filho de Lorde Albert de Coventry. Sua mãe morreu ao dá-lo à luz e o recém
nascido Jorge foi roubado pela Dama do Bosque para que pudesse, mais tarde,
fazer proezas com suas armas. O corpo de Jorge possuia três marcas: um dragão
em seu peito, uma jarreira em volta de uma das pernas e uma cruz
vermelho-sangue em seu braço. Ao crescer e adquirir a idade adulta, ele
primeiro lutou contra os sarracenos e, depois de viajar durante muitos meses
por terra e mar, foi para Syle´n, uma cidade da Líbia.
Nesta cidade, Jorge encontrou um pobre eremita que
lhe disse que toda a cidade estava em sofrimento, pois lá existia um enorme
dragão cujo hálito venenoso podia matar toda uma cidade, e cuja pele não
poderia ser perfurada nem por lança e nem por espada. O eremita lhe disse que
todos os dias o dragão exigia o sacrifício de uma bela donzela e que todas as
meninas da cidade haviam sido mortas, só restando a filha do rei, Sabra, que
seria sacrificada no dia seguinte ou dada em casamento ao campeão que matasse o
dragão.
Ao ouvir a história, Jorge ficou determinado em
salvar a princesa. Ele passou a noite na cabana do eremita e quando amanheceu
partiu para o vale onde o dragão morava. Ao chegar lá, viu um pequeno cortejo
de mulheres lideradas por uma bela moça vestindo trajes de pura seda árabe. Era
a princesa, que estava sendo conduzida pelas mulheres para o local do
sacrifício. São Jorge se colocou na frente das mulheres com seu cavalo e, com
bravas palavras, convenceu a princesa a voltar para casa.
O dragão, ao ver Jorge, sai de sua caverna,
rosnando tão alto quanto o som de trovões. Mas Jorge não sente medo e enterra
sua lança na garganta do monstro, matando-o. Como o rei do Marrocos e do Egito
não queria ver sua filha casada com um cristão, envia São Jorge para a Pérsia e
ordena que seus homens o matem. Jorge se livra do perigo e leva Sabra para a
Inglaterra, onde se casa e vive feliz com ela até o dia de sua morte, na cidade
de Coventry.
De acordo com a outra versã[,
Jorge acampou com sua armada romana próximo a Salone, na Líbia. Lá existia um
gigantesco crocodilo alado que estava devorando os habitantes da cidade, que
buscaram refúgio nas muralhas desta. Ninguém podia entrar ou sair da cidade,
pois o enorme crocodilo alado se posicionava em frente a estas. O hálito da
criatura era tão venenoso que pessoas próximas podiam morrer envenenadas. Com o
intuito de manter a besta longe da cidade, a cada dia ovelhas eram oferecidas à
fera até estas terminarem e logo crianças passaram a ser sacrificadas.
O sacrifício caiu então sobre a filha do rei,
Sabra, uma menina de quatorze anos. Vestida como se fosse para o seu próprio
casamento, a menina deixou a muralha da cidade e ficou à espera da criatura.
Jorge, o tribuno, ao ficar sabendo da história, decidiu pôr fim ao episódio,
montou em seu cavalo branco e foi até o reino resgatá-la. Jorge foi até o reino
resgatá-la, mas antes fez o rei jurar que se a trouxesse de volta, ele e todos
os seus súditos se converteriam ao cristianismo. Após tal juramento, Jorge partiu
atrás da princesa e do "dragão". Ao encontrar a fera, Jorge a atinge
com sua lança, mas esta se despedaça ao ir de encontro à pele do monstro e, com
o impacto, São Jorge cai de seu cavalo. Ao cair, ele rola o seu corpo, até uma
árvore de laranjeira, onde fica protegido por ela do veneno do dragão até
recuperar suas forças.
Ao ficar pronto para lutar novamente, Jorge acerta
a cabeça do dragão com sua poderosa espada Ascalon. O dragão derrama então o
veneno sobre ele, dividindo sua armadura em dois. Uma vez mais, Jorge busca a
proteção da laranjeira e em seguida, crava sua espada sob a asa do dragão, onde
não havia escamas, de modo que a besta cai muito ferida aos seus pés. Jorge
amarra uma corda no pescoço da fera e a arrasta para a cidade, trazendo a princesa
consigo. A princesa, conduzindo o dragão como um cordeiro, volta para a
segurança das muralhas da cidade. Lá, Jorge corta a cabeça da fera na frente de
todos e as pessoas de toda cidade se tornam cristãs.
O dragão (o demônio) simbolizaria a idolatria
destruída com as armas da Fé. Já a donzela que o santo defendeu representaria a
província da qual ele extirpou as heresias”.
Curiosidades
Atualmente existe uma grande variedade de produtos
de moda que possuem a estampa de São Jorge, desde simples camisas a até mesmo
bolsas de marcas famosas.
São Jorge é tido como o padroeiro do Sport Club
Corinthians. Acredita-se que sua história de devoção e fidelidade à Verdade
cristã até o fim de seu martírio seja a origem do termo "Fiel",
popular entre os torcedores e presente em várias agremiações corintianas.
Bandas como Iron Maiden (Inglaterra) e Angra
(Brasil) mencionaram São Jorge em seu trabalho: a primeira, em uma letra de uma
música e a segunda, na capa de um CD.
3.2 São Paulo ou Paulo
de Tarso
São Paulo, biblicamente
conhecido como Paulo de Tarso,
cujo nome original era Sha'ul ("Saulo") (Tarso, d.C 9 — Roma,
d.C 64) é considerado por muitos cristãos como o mais importante discípulo de
Jesus ("Yeshua") e, depois de Jesus, a figura mais importante no desenvolvimento
do cristianismo.Paulo de Tarso foi um apóstolo diferente dos demais, como os
outros verdadeiros Apóstolos, também teria visto Jesus Cristo.Paulo era um
homem culto, destaca-se dos outros apóstolos pela sua cultura, considerando-se
que em sua maioria era de pescadores. A língua materna de Paulo era o grego. É
provavel que também dominasse o aramaico.Educado em duas culturas (grega e
judaica). Alguns afirmam que ele foi quem verdadeiramente transformou o
cristianismo numa nova religião, e não mais uma seita do Judaísmo.
Infância
Paulo nasceu em Tarso, na Cilícia, que atualmente
pertence à Turquia, numa família judaica. Nascido na tribo de Israel de
descendencia Benjamim,adquiriu a cidadania romana mantendo a fé judaica, foi
educado na tradição judaica. Durante
toda sua vida sua cidadania romana foi um meio de proteção física. A sua
formação primária foi feita numa escola de cultura grega, como atestam as suas
cartas. Mas ele afirma que recebeu também o ensino por parte de rabinos.
Jerusalém
Em determinada altura Paulo deve ter ido viver em
Jerusalém. Não há dúvida de que passou uma parte importante da juventude em
Jerusalém.Foi em Jerusalém que Paulo participou no apedrejamento de Estêvão, um
líder de um grupo fervoroso dos seguidores de Jesus, naquela época nomeado
diácono. Ainda não se chamava de Cristianismo a doutrina de Cristo, mas sim de
"Caminho". O apelido "cristão", o termo que hoje e usado no
mundo para todos os seguidores de cristo,surgiu pela primeira vez na cidade de
Antioquia em referencia aos discípulos de Cristo naquela cidade. Paulo foi um
perseguidor destes seguidores de Jesus. O argumento de Paulo na sua perseguição
aos seguidores do "Caminho" era a defesa da "tradição dos
pais" e da lei mosaica, que ele via como ameaçada pelos seguidores de
Jesus.
Missão de Damasco
Saulo, ferveroso defensor da tradição judaica foi enviado
a Damasco. Foi aqui que Paulo, indo no caminho de Damasco, já perto da cidade,
viu um resplendor de luz no céu que o cercou, e caindo por terra, ouviu uma voz
que lhe dizia: "Saulo, Saulo, por que me persegues?". Paulo muda de
lado. Abandonou o nome Saulo e, deste momento em diante, fez-se conhecer como
Paulo.
Viagens e apostolado
Após muitos anos de atividade missionária, com três
grandes viagens apostólicas descritas na Bíblia, onde fundou diversas
comunidades, foi preso em Jerusalém por volta do ano 61 d.C. sob a falsa
acusação de estar infiltrando gentios no Templo de Jerusalém, o que era punido
com a morte pelos judeus. Conseguindo se desvencilhar das mãos das autoridades
do templo, apelou ao Imperador Romano, sendo enviado a Roma.Na viagem para Roma
o navio em que seguia naufragou, tendo ido parar à ilha de Malta. Esteve numa
gruta, onde hoje se situa a Igreja de São Paulo em Rabat. Durante os três meses
que ali terá passado, São Paulo terá sido mordido por uma serpente e saído
ileso do confronto. Um episódio que levou os habitantes locais a vê-lo como um
Deus. Mais tarde, teria curado o pai do governador da ilha antes de
partir.Quando finalmente chegou a Roma teria sido julgado e, após cerca de dois
anos encarcerado, foi libertado e então
reiniciou sua atividade missionária. Visitou a Península Ibérica e retornou à
Ásia Menor, onde, em Trôade, foi denunciado, sendo repentinamente preso e, mais
uma vez, enviado a Roma. Lá, ficou encarcerado no Segundo Subsolo do Cárcere
Mamertino.Foi julgado e condenado à morte por Nero que, naqueles tempos, estava
perseguindo duramente os cristãos. Em face de ser cidadão romano, em vez de ser
crucificado, Paulo teria sido decapitado em 64 d.C. em um lugar conhecido como
Águas Salvias. Seu túmulo encontra-se na Basílica de São Paulo Extra-Muros, na
"Via Ostiense", local tradicionalmente aceito como sendo de seu
martírio.
Aspecto físico
Não se tem qualquer relato confiável do aspecto físico de
Paulo. Os únicos relatos que se possui são dos finais do século II e não são
mais do que a projecção dos ideais estéticos a uma figura lendária. Dizia-se
que Paulo era manco de uma perna, tinha problemas de vista e era calvo, tinha aproximadamente
1,50 metros de altura.Há indícios de que Paulo tinha problemas de saúde,
padecendo de uma doença crónica e dolorosa, da qual ignoramos a natureza, mas
que lhe terá sido um obstáculo à sua atividade normal. Por volta dos anos 58–60
ele descrevia-se a si próprio como um velho.
3.3 São Miguel Arcanjo
São Miguel, do hebraico quem
como Deus, é um dos principais anjos. Ele, príncipe da milícia celeste, travou
no Céu um combate com o demônio. No eterno duelo entre o bem e o mal, Deus tem
como aliados São Miguel e seus anjos, os santos e a Igreja, contra Satanás e
seus demônios.
Quando um cristão deixa este
mundo, a Igreja pede na missa de Réquiem que São Miguel o introduza na luz
celeste, daí o hábito de representá-lo segurando uma balança onde as almas são
pesadas.
O nome de São Miguel aparece
nas seguintes passagens da Bíblia:
1. Em Daniel 10: 13 sqq,
Porém o príncipe do reino dos Persas resistiu-me durante 21 dias; mas eis que
veio em meu socorro Miguel, um dos primeiros príncipes, e eu fiquei lá junto do
rei dos Persas. (...) Mas eu te anunciarei o que está expresso na escritura da
verdade; e em todas estas coisas ninguém me ajuda senão Miguel, que é vosso
príncipe.
2.Em Daniel 12, o anjo
falando dos últimos dias do mundo diz: Naquele tempo se levantará o grande
príncipe Miguel, que é o protetor dos filhos do vosso povo.
3. Em Apocalipse 12:7, E
houve no céu uma grande batalha: Miguel e os seus anjos pelejavam contra o
dragão, e o dragão com os seus anjos pelejavam contra ele; porém estes não
prevaleceram, e o seu lugar não se achou mais no céu. São João fala o grande
conflito do final dos tempos, que reflete a batalha no céu do início dos
tempos.
São Miguel aparece ainda em
uma Epístola apócrifa de São Judas disputando com o demônio o corpo de Moisés,
segundo uma antiga tradição judaica.
De acordo com as passagens
da Bíblia, são funções de São Miguel:
1.Lutar contra Satanás.
2. Resgatar as almas dos
fiéis do poder do inimigo, especialmente na hora da morte.
3. Ser o campeão do povo de
Deus, dos Judeus na Antiga Lei e dos Cristãos no Novo Testamento; assim, é
patrono da Igreja e das ordem de cavalheiros da Idade Média.
4. Levar da terra as almas
dos homens para o julgamento (Mas que o vosso porta-bandeira São Miguel as leva
à santa luz, do ofertório da missa de defuntos.).
3.4
Nossa Senhora da Conceição
O rio Paraíba, que nasce em São Paulo e deságua no litoral fluminense, era limpo e piscoso em 1717, quando os pescadores Domingos Garcia,
Felipe Pedroso e João Alves resgataram a imagem de Nossa Senhora da Conceição
Aparecida de suas águas. Encarregados de garantir o almoço do conde de Assumar,
então governador da província de São Paulo, que visitava a Vila de
Guaratinguetá, eles subiam o rio e lançavam as redes sem muito sucesso próximo
ao porto de Itaguaçu, até que recolheram o corpo da imagem. Na segunda
tentativa, trouxeram a cabeça e, a partir desse momento, os peixes pareciam
brotar ao redor do barco.
Durante 15 anos, Pedroso ficou com a imagem em sua casa, onde recebia várias pessoas para rezas e novenas.
Mais tarde, a família construiu um oratório para a imagem, até que em 1735, o
vigário de Guaratinguetá erigiu uma capela no alto do Morro dos Coqueiros. Como
o número de fiéis fosse cada vez maior, teve início em 1834 a construção da
chamada Basílica Velha. O ano de 1928 marcou a passagem do povoado nascido ao
redor do Morro dos Coqueiros a município e, um ano depois, o papa Pio XI
proclamava a santa como Rainha do Brasil e sua
padroeira oficial.
A necessidade de um local maior para os romeiros era inevitável e em
1955 teve início a construção da Basílica Nova, que em tamanho só perde para a
de São Pedro, no Vaticano. O arquiteto Benedito Calixto idealizou um edifício
em forma de cruz grega, com 173m de comprimento por 168m de largura; as naves
com 40m e a cúpula com 70m de altura, capaz de abrigar 45 mil pessoas. Os 272
mil metros quadrados de estacionamento comportam 4 mil ônibus e 6 mil carros.
Tudo isso para atender cerca de 7 milhões de romeiros por ano.
4.
CONCLUSÃO
A partir deste estudo vemos
que o Barroco foi uma espécie de continuação do Renascimento, pois ambos
movimentos foram inspirados pela Antiguidade Clássica, embora cada um
interprete de forma diferente: no Renascimento as qualidades de moderação,
economia formal, austeridade, equilíbrio e harmonia eram as mais
buscadas,enquanto no Barroco os temas idênticos mostrava maior dinamismo,
contrastes mais fortes, maior dramaticidade, exuberância e realismo e uma
tendência ao decorativo, além de manifestar uma tensão entre o gosto pela
materialidade opulenta e as demandas de uma vida espiritual.
Na trajetória do Barroco
também devemos contabilizar o papel exercido pela Igreja, preocupada naquele
momento em frear os avanços do protestantismo e da renascença. O
enfraquecimento do poder católico promoveu a disseminação dessa arte sinuosa e
dramática utilizada como meio de reafirmação dos valores cristãos por meio de
imagens que pretendiam causar impacto semelhante ao das esculturas. Não por
acaso, o Barroco nasce na Itália, centro do poder católico, e ganha igual força
entre os países ibéricos.
A história e atributos de santos e mártires católicos se viam representados com bastante freqüência na pintura, nas esculturas e construções do período. Os elementos eram dispostos de uma maneira pouco assimétrica, assumindo na maioria das vezes uma organização diagonal. Paralelamente, podemos também destacar um tipo de realismo que tentava captar situações cotidianas vividas por pessoas simples, propondo um contraste à reprodução das autoridades monárquicas que se firmavam na época.
Na pintura barroca podemos destacar algumas importantes obras como “Cristo em Casa de Marta e Maria” (1578), do pintor italiano Tintoretto; “Deposição de Cristo” (1602), de Michelangelo Merisi da Caravaggio; “Espólio” (1579), do pintor espanhol El Greco; “A Lição de Anatomia do Doutor Tulp” (1632), do artista holandês Rembrandt Harmenszoon van Rijn; e “Moça com brinco de pérola” (1665), do pintor Johannes Vermeer.
Na escultura e na arquitetura também possuímos um grande acervo de obras barrocas onde damos especial destaque a obras como “Êxtase de Santa Teresa” (1645 – 1652), do escultor italiano Gian Lorenzo Bernini; a “Igreja de Santa Maria della Pace” (1656 – 1657), projetada por Pietro de Cortona; “San Carlo alle Quattro Fontane”, do construtor italiano Francesco Borromini.
A história e atributos de santos e mártires católicos se viam representados com bastante freqüência na pintura, nas esculturas e construções do período. Os elementos eram dispostos de uma maneira pouco assimétrica, assumindo na maioria das vezes uma organização diagonal. Paralelamente, podemos também destacar um tipo de realismo que tentava captar situações cotidianas vividas por pessoas simples, propondo um contraste à reprodução das autoridades monárquicas que se firmavam na época.
Na pintura barroca podemos destacar algumas importantes obras como “Cristo em Casa de Marta e Maria” (1578), do pintor italiano Tintoretto; “Deposição de Cristo” (1602), de Michelangelo Merisi da Caravaggio; “Espólio” (1579), do pintor espanhol El Greco; “A Lição de Anatomia do Doutor Tulp” (1632), do artista holandês Rembrandt Harmenszoon van Rijn; e “Moça com brinco de pérola” (1665), do pintor Johannes Vermeer.
Na escultura e na arquitetura também possuímos um grande acervo de obras barrocas onde damos especial destaque a obras como “Êxtase de Santa Teresa” (1645 – 1652), do escultor italiano Gian Lorenzo Bernini; a “Igreja de Santa Maria della Pace” (1656 – 1657), projetada por Pietro de Cortona; “San Carlo alle Quattro Fontane”, do construtor italiano Francesco Borromini.
Escrito por: Mirian Regina Mendes
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