segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

FILMES PARA APRENDIZADO (SESSÃO PIPOCA)





 O CINEMA COMO APRENDIZADO

  A língua inglesa , assim como qualquer idioma, é por assim despertada cognitivamente falando através de três elementos:spelling (falando),hearding (ouvindo) e reading (lendo). Os filmes e as músicas são elementos agregadores para o aprendizado não só do inglês como qualquer idioma.

                                                                      ASSISTAM

O PIANO

O Piano 

Sinopse e detalhes


Na época vitoriana, quando a Nova Zelândia estava há pouco tempo sendo colonizada, para lá se muda Ada McGrath (Holly Hunter), um mulher que quando tinha seis anos de idade resolveu parar de falar. Ela vai na companhia de sua filha, Flora (Anna Paquin). O motivo de ter ido para lá é que Ada se casou com Stewart (Sam Neill) em um casamento arranjado, já que ela nem conhecia seu noivo. Ada imediatamente antipatiza com Stewart quando ele se recusa a transportar seu amado piano. Stewart negocia o instrumento e o passa para George Baines (Harvey Keitel), um administrador da região. Atraído por Ada, Baines concorda em devolver o piano em troca de algumas lições no instrumento, que Ada daria para ele. Mas estas "aulas" se tornam encontros sexuais cada vez mais intensos, onde Baines pagava Ada com uma ou mais teclas do piano, sendo que o pagamento estava relacionado à intensidade de intimidade proporcionada. Porém, logo esta situação sai do controle, gerando trágicas conseqüências.



VERSÃO: OUVIR EM PORTUGUÊS E LER EM INGLÊS


TROPA DE ELITE 1

http://www.youtube.com/watch?v=eodyqcxtL4M


Sinopse e detalhes


1997. O dia-a-dia do grupo de policiais e de um capitão do BOPE (Wagner Moura), que quer deixar a corporação e tenta encontrar um substituto para seu posto. Paralelamente dois amigos de infância se tornam policiais e se destacam pela honestidade e honra ao realizar suas funções, se indignando com a corrupção existente no batalhão em que atuam.

  

VERSÃO: OUVIR EM PORTUGUÊS E LER EM INGLÊS


TROPA DE ELITE 2

http://www.youtube.com/watch?v=XL3ybRR1oE0


Sinopse e detalhes


Nascimento (Wagner Moura), agora coronel, foi afastado do BOPE por conta de uma mal sucedida operação. Desta forma, ele vai parar na inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Estado. Contudo, ele descobre que o sistema que tanto combate é mais podre do que imagina e que o buraco é bem mais embaixo. Seus problemas só aumentam, porque o filho Rafael (Pedro Van Held) tornou-se adolescente, Rosane (Maria Ribeiro) não é mais sua esposa e seu arqui inimigo Fraga (Irandhir Santos) ocupa posição de destaque no seio de sua família.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

A SEMIÓTICA E A LÍNGUA INGLESA



O QUE É SEMIÓTICA?

Semiótica também conhecida como semiologia, é o estudo dos signos, dos símbolos. Signos ou símbolos na forma de imagens. Por exemplo: quando vemos um sinal de trânsito, a percepção e a interpretação desse sinal são os objetos de estudo da Semiologia, ou Semiótica.A línguas estrangeiras são ensinadas ,com sucesso através deste processo.




COMO APRENDER A LÍNGUA ESTRANGEIRA?




SEMIÓTICA :COMO A IMAGEM VENCEU A ESCRITA?



LEIAM ESTES TRABALHOS ACADÊMICOS ABAIXO

 


DIDÁTICA DA LÍNGUA ESTRANGEIRA






O QUE É DIDÁTICA?

CLICK NO LINK ACIMA


Ensino de Língua Estrangeira vai além da gramática

CLICK NO LINK ACIMA

 

 DIDÁTICA 1

 

  DIDÁTICA 2

 

 

 LEIAM ESTES ARTIGOS ACADÊMICOS ABAIXO:

 

 DIDÁTICA DO ENSINO DA LÍNGUA ESTRANGEIRA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

 

DO MATERIAL DIDÁTICO PARA O ENSINO DE LÍNGUAS 

 

HISTÓRIA DA LÍNGUA INGLESA NO BRASIL E DO SEU MATERIAL DIDÁTICO 

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Beowulf

Beowulf, o mais longo poema da literatura anglo-saxã e um marco na literatura medieval, será o primeiro a ser estudado nas aulas de Literatura Inglesa.

Com 3.182 linhas, escrito na Inglaterra, o poema narra a história dos eventos ocorridos na Escandinávia, onde Beowulf, com sua exímia coragem, livra o povo da corte do rei Hrothgar do monstro Grendhel.

Como toda boa literatura, o poema retrata a época violenta em que foi escrito, nos quais a honra e a coragem são os valores humanos mais estimados.

Seguem vídeos falando mais sobre a história de Beowulf:





 

Ensino/Aprendizagem de Língua Portuguesa

Os alunos devem ter ciência de que o mercado de trabalho está cada vez mais competitivo e uma das bases requeridas é a Língua Portuguesa. Se o indivíduo não souber seu próprio idioma, não souber se comunicar e escrever corretamente na norma culta, não terá chances de alcançar uma boa vaga no mercado de trabalho.

Podemos utilizar vídeos, jornais e revistas como fontes de pesquisas e debates, além de exemplos para nossas aulas, de forma que os alunos vejam que a norma culta está presente no nosso dia a dia e que possa ser trabalhada naturalmente.

Cabe a nós, professores, instigá-los e fazer com que reconheçam a importância deste aprendizado para que consigam ser bem sucedidos futuramente.

Escrito por: Mirian Regina Mendes

Trovadorismo

A sociedade da época estava dividida em clero, nobreza e povo.

Os trovadores, compositores das cantigas, tinham uma classe social mais elevada. Os segréis, eram os trovadores profissionais, pois recebiam por seu trabalho e eram fidalgos, enquanto os jograis atuavam para divertir o povo com a música, literatura, mímicas, etc.

Com relação as composições, as Cantigas de Amor eram a "religião do trovador", pois expressava um culto à mulher amada, que era denominada de senhor e nunca revelada na cantiga, visto que era casada e na época, as solteiras não tinham significação social. A vassalagem passava pelos seguintes estágios: suspiro, súplica, namoro e drudo. O amor cortês era composto por paciência, fidelidade, esperança, honra e discrição, pelo fato da dama ser casada.

As Cantigas de Amor tratavam do eu-lírico feminino, embora escritos por homens, visto que naquela época as mulheres não tinham permissão de fazer tal coisa. Relatavam, em sua grande maioria, as camadas populares que dirigiam a coita amorosa à mãe, irmã ou à natureza, queixando-se da ausência do amado.

Já as Cantigas de Escárnio e de Maldizer eram as Satíricas. A primeira, construída indiretamente, por meio de ironia; a segunda, agressiva e aberta.

A literatura retrata o que ocorre no período, seja como escapismo para as barbáries da época (vide Oliver Twist, que retrata as explorações do período da Revolução Industrial Inglesa) ou como grande fonte de inspiração para os escritores.

Cantiga de Amor de Pero Garcia Burgalês:
Ai eu coitad! E por que vi
a dona que por meu mal vi!
Ca Deus lo sabe, poila vi,
nunca já mais prazer ar vi;
ca de quantas donas eu vi,
tam bõa dona nunca vi.

Tam comprida de todo bem,
per boa fé, esto sei bem,
se Nostro Senhor me dê bem
dela! Que eu quero gram bem,
per boa fé, nom por meu bem!
Ca pero que lh’eu quero bem,
non sabe ca lhe quero bem.

Ca lho nego pola veer,
pero nona posso veer!
 
Mais Deus, que mi a fezo veer,
rogu’eu que mi a faça veer;
e se mi a non fazer veer.
Sei bem que non posso veer
prazer nunca sem a veer.

Ca lhe quero melhor ca mim,
pero non o sabe per mim,
a que eu vi por mal de mi[m].

Nem outre já, mentr’ eu o sem
houver; mais s perder o sem,
dire[i]-o com mingua de sem;

Ca vedes que ouço dizer
que mingua de sem faz dizer
a home o que non quer dizer!
Aqui podemos ver a confissão dolorosa de um amor não correspondido.

Cantiga de Amigo - D. Dinis
Ai flores, ai flores do verde pinho
se sabedes novas do meu amigo,
ai deus, e u é?

Ai flores, ai flores do verde ramo,
se sabedes novas do meu amado,
ai deus, e u é?

Se sabedes novas do meu amigo,
aquele que mentiu do que pôs comigo,
ai deus, e u é?

Se sabedes novas do meu amado,
aquele que mentiu do que me há jurado
ai deus, e u é?

Nesta cantiga, notamos a coita da moça, que suplica à natureza querendo saber onde está o "amigo", ou seja, "o namorado" dela, que mentiu no que havia lhe jurado.

Cantiga de Maldizer de Afonso Eanes de Coton:
Marinha, o teu folgar
tenho eu por desacertado,
e ando maravilhado
de te não ver rebentar;
pois tapo com esta minha
boca, a tua boca, Marinha;
e com este nariz meu,
tapo eu, Marinha, o teu;
com as mãos tapo as orelhas,
os olhos e as sobrancelhas,
tapo-te ao primeiro sono;
com a minha piça o teu cono;
e como o não faz nenhum,
com os colhões te tapo o cu.
E não rebentas, Marinha?

Notamos que nesta cantiga de maldizer o trovador é direto, fala mal da "Marinha" diretamente.

Cantiga de Escárnio:
Ai, dona fea, foste-vos queixar
que vos nunca louv[o] em meu cantar;
mais ora quero fazer um cantar
em que vos loarei toda via;
e vedes como vos quero loar:
dona fea, velha e sandia!…

Percebemos que nesta cantiga, há ironia, mas o trovador a chama de dona fea e não a nomeia, além de chamá-la de louca e velha.

É importante ressaltar que as cantigas eram musicadas e podiam ser dançadas.
 
Por serem transmitidas oralmente, muitas foram perdidas. As cantigas que conhecemos hoje podem ser encontradas nos seguintes Cancioneiros:
Cancioneiro da Ajuda (composto no reinado de Afonso 3º, no final do século 13, tem 310 cantigas, a maioria de amor;
Cancioneiro da Biblioteca Nacional: 1.647 cantigas, de todos os tipos, elaboradas por trovadores dos reinados de Afonso 3º e dom Dinis.
Cancioneiro da Vaticana: possui 1.205 cantigas de todos os tipos.
 
Escrito por: Mirian Regina Mendes

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Barroco na Itália



INTRODUÇÃO AO BARROCO

Alguns dos grandes estilos criados pela civilização ocidental receberam nomes que a princípio eram expressões de desdém: gótico, barroco e rococó.  A palavra rococó era muito usada nas marcenarias francesas da segunda metade do século XVIII para designar as formas sinuosas e ornamentadas do mobiliário Luís XV.

A arte do Ocidente nos séculos XVII e XVIII é conhecida genericamente de “arte barroca”, embora o termo “barroco” aplique-se mais especificadamente à arte seiscentista, e o termo” “rococó” à arte setecentista.
O rococó é um estilo artístico que nasceu na França no ano de 1700, espalhando-se pela Europa no século XVIII.  É considerado uma espécie de continuação um pouco modificada da arte barroca e  sofreu um contra-ataque do neoclassicismo, que sucumbiu na Inglaterra, França e Itália por volta de 1760.
O período barroco é o período da civilização ocidental mais rico em variedade de expressões, quando cada um dos povos da Europa inventou as formas artísticas que melhor se ajustavam a seu próprio gênio. Com isso, houve imensa troca cultural no campo intelectual, gerando assim, grande variedade de estilo. A efervescência desse intercâmbio artístico teve início na quarta parte do século XVII. Roma era então o pólo de atração de toda a Europa, pois fornecia grande quantidade de especialistas que levaram as formas da arte para os países que os acolheram. Essas formas originais não tardavam a perder suas características nacionais e foram absorvidas pelo novo ambiente.
O termo barroco se popularizou a partir do início do século XVIII, derivado do francês “baroque”, que indica irregularidades, extravagâncias e coisas bizarras. Já na Península Ibérica, indicava um tipo de pérola de forma irregular e bizarra, enquanto na Itália, uma conversa pedante, contorcida e de escasso valor argumentativo. Por isso, as produções artísticas européias do final do século XVI até quase a metade do século XVIII foram consideradas inicialmente inferiores as grandes obras do Renascimento por não respeitar as leis reguladoras que haviam sido definidas e seguidas naquele período da cultura humana. A arte barroca estendeu-se por todo o século XVII e pelas primeiras décadas do século XVIII, onde sua difusão abrangeu quase toda a Europa e América Latina. O aparecimento das formas barrocas dá-se em épocas diferentes em cada país bem como o seu declínio, e diferem muitíssimo de nação para nação.

O Barroco assume diferentes nomes em outros países, como Marinismo na Itália (por influência do poeta Giambattista Marini); Gongorismo na Espanha (por influência do poeta Luis de Gongorra Y Argote); Preciosismo na França (devido ao requinte formal dos poemas); Eufuísmo na Inglaterra (termo criado a partir do título do romance “Euphues, or the anatomy of wit, do escritor John lyly”).

No plano teórico, o caráter típico do Barroco foi uma enorme ambiguidade. Seus artistas declamavam-se herdeiros do Renascimento e declaravam aceitar-lhe as regras; mas violavam-nas sistematicamente, quer na letra, quer no espírito. A verdade é que eram diferentes as finalidades dos dois movimentos e por isso, foram adotados processos diferentes, ou melhor: opostos. O Renascimento virava-se para a razão: queria acima de tudo convencer. O Barroco, pelo contrário, apelava para o instinto, sentidos e fantasia, isto é, tendia para o fascínio. Não foi por acaso que nasceu como instrumento da Igreja Católica, que naquela época se empenhava em recuperar os hereges ou pelo menos, consolidar a fé dos crentes, impressionando-os com a sua própria majestade.

O suíço Heinrich Wölfflin, em 1888 tratou o barroco como um estilo independente que se seguiu ao Renascimento apresentando valores extremamente positivos para a história da arte. Segundo Wölfflin, enquanto os artistas renascentistas buscavam a linha e o desenho, os planos e a superfície, formas fechadas, enquanto os barrocos procuravam o pictórico, as cores, a profundidade e os volumes, as formas abertas, a leveza, unidade e multiplicidade, cada elemento com seu valor próprio. A partir dessa teoria o barroco adquiriu uma nova e adequada posição na história da arte.

Como estilo artístico, ao Barroco vinculam-se diretamente acontecimentos históricos, religiosos, econômicos e sociais de grande significação para a história da humanidade, como por exemplo o início dos governos absolutistas europeus, especialmente na França, na Áustria e na Alemanha, quando os reis eram considerados como senhores absolutos, com amplos poderes adquiridos pelo direito divino, passando a exigir das artes sua glorificação pessoal. Porém, a Contra-Reforma trouxe  novos condicionamentos para a arte e se ligou intimamente ao surgimento do Barroco através da construção de igrejas e mosteiros com novas características arquitetônicas e plásticas.

A transição do Renascimento para o Barroco se deu através do “maneirismo”, que eram as modificações artísticas no tratamento plástico dos diversos tipos de temas, que estavam ligados com a forma da qual os artistas trabalhavam.

É tido como o início do Barroco o período correspondente aos pontificados de Sisto V (1585-1590) e Paulo V (1605-1621), com o sistema de valores formais próprios, elaborados no círculo artístico de Roma e de Bolonha.

Como cada região traduziu o Barroco a seu modo, seguindo suas condições específicas e interpretando o estilo com suas peculiaridades próprias, confere ao Barroco uma característica de diversificação, porém dificulta a identificação de suas especialidades, visto que existem inúmeras áreas de transição até o neoclassicismo do século XVIII, como o Barroco Tardio e o Rococó, por muitos considerados o “Barroco do Barroco”. Na França, por exemplo, o estilo penetrou com certa dificuldade pelas fortes convicções clássicas, enquanto na Áustria e no sul da Alemanha tiveram grande esplendor. Já na Espanha, devido as guerras, o estilo demorou mais tempo para se firmar e encontrar sua expressão nacional. Nos Países Baixos, não foram construídos os grandes palácios barrocos edificados na França  e na Áustria, por ser de sociedade mais burguesa e eminentemente comercial. No Brasil, no final do século XVIII e nas primeiras décadas do século XIX ainda brilhava o gênio barroco de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.

Quebrando a linearidade rígida, a arte barroca oferecia variadas alternativas de leitura, estimuladas pela profundidade e variedade dos focos na obra. Com essa abertura, fazia-se um forte apelo às impressões sensoriais do leitor procurando que ele se envolvesse, intelectual e sensorialmente, na obra.

1.    Influência ideológica: 
·         Contra-Reforma;
·         Concílio de Trento

2.    Características
·         Exuberância verbal
·         Dualidade ideológica:
o   Cristianismo medieval
o   Racionalismo Renascentista

Segue-se ao Barroco um período de difusão do racionalismo e de valorização da concepção científica do mundo. Prega-se uma revolução baseada no progresso do conhecimento humano. É a época dos enciclopedistas expoentes de uma sociedade voltada para a precisão e para a máquina, e que acredita na melhoria da vida social graças a divulgação do saber. A esse período dá-se o nome de Neoclassicismo, que foi uma tentativa de retorno, no século XVIII, aos padrões greco-latinos.

 O BARROCO NA ITÁLIA

2.1 Século XVII

Foi a Itália que criou o sistema de valores formais próprios da arte conhecida mais tarde como barroco. A arte barroca é vista como um meio de propagar o catolicismo e ampliar a sua influência, inclusive em regiões desconhecidas do Ocidente, onde seus missionários tratavam uma batalha espiritual para converter os nativos a religião cristã.
A Igreja desejava restaurar na Cidade Eterna, Roma, seu grandioso estilo antigo e construiu um grande número de palácios, igrejas e colégios, além dos mosteiros e conventos para alojar as novas ordens criadas pela Contra-Reforma (que é o nome dado ao movimento criado no seio da Igreja Católica em resposta à Reforma Protestante, iniciada com Lutero, a partir de 1517), das quais a mais ativa era a Companhia de Jesus.
A Itália tinha a admiração da Europa. Durante a primeira metade do século XVII, suas cortes ditaram o tom da civilização e era o exemplo do refinamento da vida civilizada para os países nórdicos, onde havia crimes brutais de guerras religiosas. Com o trabalho que era realizado em Roma, vários artistas, de todos os países, eram atraídos para a cidade, como Rubens e Van Dyck da Flandres, Van Baburen e Terbruggen da Holanda e Elsheimer da Alemanha, que permaneceram em Roma por um longo período e levaram para seus países os princípios que os ajudariam a abandonar o maneirismo, que era uma revisão dos valores clássicos e naturalistas prestigiados pelo Humanismo Renascentista e cristalizados na Alta Renascença (finais de 1400 e começo de 1500).

2.2 Arquitetura

Os arquitetos italianos tinham um grande volume de encomenda, especialmente igrejas. Estas eram construídas segundo uma ampla variedade de plantas baixas, comumente com uma nave única, capelas laterais, abside simples e uma grande cúpula sobre um cruzeiro com arcos transversos baixos.

Outro tema arquitetônico do século XVI foi a casa de campo, sucessora das vilas dos antigos romanos, sendo uma das principais produções. A casa (ou palácio) ficava de frente para um jardim em vários níveis, o que simbolizava a associação do príncipe com as forças da natureza.


Dentre todos os edifícios construídos, os mais originais eram os teatros. Como exemplo, temos o Teatro Olímpico, em Vicenza, concebido para representações de peças antigas. Ele foi desenvolvido e adaptado para a ópera do gênero espetacular e para oferecer maior conforto aos espectadores, acomodando-os em filas semicirculares de camarotes sobrepostos.
A Itália, berço do barroco, ostenta um quarteto de excelentes arquitetos: Gian Lorenzo Bernini, Borromini, Guarino Guarini, e Piero da Cortona. Todos os edifícios são inconfundivelmente barrocos, mas cada um deles com caráter muito diferente. Bernini – e, em menor medida, Piero da Cortona – representam o barroco áulico, majestosos, exuberantes – porém, mais aberrante – que teve a maior expansão na Itália. É um barroco que apresenta de maneira quase típica todos os caracteres acima descritos, associando-os sempre a um aspecto de grandeza e dignidade que se torna quase clássico. Os edifícios de Bernini caracterizam-se por seu núcleo: a grande elipse da praça de São Pedro, a galilé redonda sobre a fachada de Sant’Andrea do Quirinal, e outros. O modo de traçar de Borrominini é muito mais atormentado, intelectual e original. Suas obras distinguem-se por vezes pela extrema complexidade das plantas e das paredes, bem como pela pontual e encarniçada contestação de cada pormenor tradicional: capitéis (os quais tinham, no entanto, por regra, este objetivo).

A arquitetura barroca espalhou-se por toda a Itália. Em Turim, no ano de 1666, foi construída a Capela Real, a Capela de Santa Sindone (capela funenária onde é venerado o sudário de Cristo), a Igreja de San Lorenzo e o Palazzo Carignano por Guarino Guarini (1624-1683), que fazia parte da congregação dos teatrinos. Guarini deu continuidade à concepção de Borromini, preferindo plantas baixas centrais e vendo a arquitetura como algo extremamente expressivo. O estilo do padre Guarini contém todos os princípios do rococó: tons pastéis, luz difusa inundando os interiores por meio de numerosas janelas e o relevo abrupto das superfícies.


2.3 Escultura
A escultura barroca considerou a arte como um meio de expressar as paixões da alma, que preocupavam os filósofos, graças ao avanço da psicologia. Muitos artistas elaboraram tratados sobre o amor, sendo o do pintor francês Charles Le Brun um dos mais famosos. A técnica deveria representar o amor, sofrimento, raiva, ternura, medo, ironia, desespero, audácia, etc., sendo retratados de forma extrema. Tal tendência culminou nas explosões veementes das tragédias de Racine.
O santo do barroco é um confessor da fé, demonstrando-a através da palavra, do martírio e do êxtase. Uma das principais artes dessa época é a ópera, da qual derivam todas as outras, afinal muitos efeitos monumentais foram experimentados no teatro antes de concretizar-se em pedra.

Deve-se salientar que quase todos os escultores eram restauradores de estátuas antigas e a restauração nessa época, pretendia remontar toda a obra de arte, tornando-se uma reinterpretação. O mais perfeito exemplo de sofrimento produzido foi do grupo Laocoonte, uma obra de escultores ródios do século I, redescoberta em 1506 num vinhedo em Roma, e serviu de inspiração para a criação do rosto de Cristo agonizante.
Bernini, além de arquiteto foi também escultor e compôs óperas. Expressou desde a brutalidade do guerreiro (em Davi) ao êxtase (O Êxtase de Santa Tereza), além de ter tratado o tema da morte com uma nova dramaticidade nos túmulos de Urbano VIII e Alexandre VII, em São Pedro.
                         

2.4 Pintura

            Os artistas barrocos, pintavam sobre as paredes, e sobretudo nos sofitos das igrejas e dos palácios, ampalas e movimentadas cenas, as quais pretendiam dar a impressão de que as paredes, ou sofitos, não existiam, ou, pelo menos, que se dilatavam de uma maneira impressionante. Essa técnica se chama trompe l’oeil. A utilização dela não era nova. Mas, com o barroco, se transformou numa regra quase obrigatória. Ela apresenta todas as características próprias do barroco: grandiosidade, teatralidade, movimento, tentativa para representar o infinito; ainda por cima, com uma habilidade técnica quase sobre-humana.

            As pinturas trompe l’oeil são muito variadas no que se respeita às histórias que nos contam – vidas de santos, de soberanos, de heróis, de personagens mitológicos e outras -, mas constantes nos elementos utilizados: arquiteturas triunfais projetadas em direção ao céu, revoadas de anjos e santos, figuras de movimentos rápidos, com as vestes infladas  e sacudidas pelo vento.

            A pintura sobre tela barroca começa com o artista Michelangelo Merisi, chamado Caravaggio, nome da sua província de origem. Sob as vestes dos santos, dos apóstolos e dos padres da Igreja, os seus quadros mostram robustos homens do povo, taberneiros, jogadores: isto é já um considerável desvio em relação ao Renascimento, com as suas figuras aristocráticas e ambientes idealizados. Todavia, o aspecto mais importante não só é o que se representa, como também como se representa. O quadro, de fato, não é iluminado de maneira uniforme, mas sim por manchas: detalhes banhados por uma luz viva e intensa alternam se com zonas de sombra escura. É uma pintura dramática, violenta, absolutamente coerente com uma época de grandes contrastes como a do barroco.

            Apesar de nascer na Itália, o seu desenvolvimento foi fraco naquele país. A península produziu uma grande multidão de decoradores, que continuaram até aos finais do século XVIII enfeudados à tradição de pintura trompe d’oeil; mas não teve pintores capazes de continuarem a obra de Caravaggio.

2.5 Artes menores

O mobiliário italiano desse período estava atrasado sendo que até cerca de 1600 os marceneiros não se atualizaram as formas Renascentistas. Havia poucos tipos de peças, os armários eram cobertos com acessórios de bronze dourado, colunas miniaturais e incrustações em mármore precioso. No mobiliário do primeiro terço do século XVIII a sobrecarga barroca era ostensiva e somente na primeira metade do século surgiram fábricas de tapeçarias, derivadas das tapeçarias flamengas.
Os tecidos produzidos em Gênova e em Veneza eram de excelente qualidade e de grande procura em toda a Europa.


2.6 Século XVIII

Apesar de alguns realinhamentos políticos, havia paz na Itália do século XVIII. O território ainda estava dividido em vários Estados, dos quais os mais importantes eram o Reino das Duas Sicílias, o Grão-Ducado da Toscana, a República de Veneza e os Estados Papais. Veneza, Roma e Nápoles eram os principais centros de arte, por diferentes razões. As pessoas iam a Veneza para ver as obras-primas da Renascença, mas obras contemporâneas também obtinham considerável sucesso, sobretudo entre visitantes da Europa Central e da Inglaterra. Em Romas novas atrações somaram-se àquelas que a cidade Eterna apresentara no século anterior: a organização de museus tornou as coleções mais acessíveis ao publico. Roma em 1775, criou as bases racionais e cientificas da arqueologia em sua grande Geschichte der Kunst des Altertums [História da Arte da Antiguidade]. Assim, Roma torna-se o lugar ideal para a cristalização do neoclassicismo.

2.7 Arquitetura

Apesar de toda a importância dos edifícios erigidos no século precedente, o impeto da arquitetura não perdeu o foco na Itália setecentista, e prosseguiu a criação de grandiosos cenários urbanos. Em meados no século, o neoclassicismo deixou sua marca na arquitetura Romana. Mas, de modo geral, após a morte de Bernini Roma deixou de ser um lugar de inovação; os principais centros de obras originais estavam na periferia, na Itália meridional e no Piemonte. Na igreja dos Gesùati, Giorgio Massari criou uma variação barroca sobre o tema da fachada palladiana. Em 1734 a coroa das Duas Sicílias coube a um filho de Felipe V da Espanha, que reinou como Carlos VII. Esse príncipe megalomaníaco começou a erigir edifícios colossais. Mas Carlos VII também convocou artistas de fora para satisfazer  a grande demanda  por ele criada. Entrementes na Sicília – em Palermo, Catânia, Siracusa e Messina – um barroco super ornamentado desfrutava de plena liberdade. 
A sudoeste de Siracusa o terremoto de 1693 possibilitou a reconstrução de toda uma serie de cidades – Noto, os arquitetos fizeram um admirável cenário barroco, extraindo a máxima vantagem da oportunidade de tratar a cidade inteira – com suas praças, escadarias, igrejas e palácios – como uma única obra de arte.
O desvario ornamental chegou ao auge no extremo sul da Itália, em Lecce, misturaram reminiscências do gótico e do renascimento com o barroco e edificaram com uma espécie de cidade onírica, fruto de uma imigração que nenhum tipo de conformismo pode conter.
Enquanto o Sul favorecia um barroco independente, o norte o refreava. Em 1714 Filippo Jurava, discípulo de Carlos Fontana, foi convocado a Turim por Vitório Amedeo II de Sabóia  e passou a reprimir a tendência ao rococó Guarino Guarani iniciara. Às vezes Jurava reintegrou a arquitetura no norma berniniana. Em Stupinigi construiu um palácio cuja planta em forma de X foi ditada pelos requisitos de um pavilhão de caça: as fachadas são clássicas, mas o interior apresenta um moderado estilo barroco. Em sua basílica della Superga, perto de Turim, depurou as formas berninescas para alcançar uma elegância que já é inteiramente neoclássica.
A produção deste arquiteto foi considerável, tanto em Turim quanto em outras cidades italianas. Sua reputação era de tal ordem, que ele foi chamado a Lisboa, Londres e Paris para consulta: e faleceu em Madri, onde fora, a convite, projetar o palácio real.
Em Turim o espírito de Guarani não se extingui por completo, apesar da reação contraria de Jurava. Ainda inspirou Bernardo Vittone, que gostava de entrecortar planos e abóboras com nervuras entrelaçadas, mas atenuou o dinamismo de Guarani com certa elegância de proporção inspirada em Jurava.





2.8 Escultura e pintura

As igrejas Romanas não paravam de receber estátuas e túmulos, e as oficinas dos escultores estavam em plena atividade. Produziam até para exportação. A escultura ainda mais que a arquitetura, agora estava presa ao estilo de Bernini (um eminente artista do estilo barroco) – assim contrastando, em certa medida, com a pintura, que em Roma logo começou a inclinar-se com o neoclassicismo. A escultura foi ao original em Nápoles e na Sicília.
A pintura italiana do século XVIII apresenta uma situação complexa. Nela coincidem o passado, o presente e o futuro. É mais bem estudada deste ponto de vista que em função das várias escolas.
Em Bolonha, mais que em qualquer outra cidade, muitos pintores continuaram num formalismo seiscentista que acabou fossilizado.
Em Nápoles floresceu toda uma escola de pintores decorativos. Francisco de Mura opta por uma alegria de cores que faz dele o Tiepolo napolitano. O amor ao realismo, que no século precedente, manteve os pintores napolitanos muito ativos na produção de naturezas-mortas.
No norte da Itália, em Lombardina, esse realismo levou alguns pintores às cenas de guerra; para executa-las, eles se baseavam na observação da vida dos camponeses ou de pedintes, que retratavam com certo rigor satírico. Foi em Veneza que a pintura rococó recebeu o justo reconhecimento. Veneza, enamorada de sua própria beleza, deu origem a numerosos paisagistas que reproduziram seus palácios, praças e canais, com a vida pitoresca que os enchiam; e essas vedute logo obtiveram grande sucesso em toda Europa. A reputação dos pintores venezianos era tanta que se viam solicitados a trabalhar em numerosas cortes estrangeiras.   

Foi em roma, pouco antes de meados do século, que a pintura italiana assumiu um rumo definitivamente neoclássico, oposto ao seicento barroco e ao rococó veneziano. Os artistas agora renunciavam às seduções do imaginário.






3.    SANTOS
A bíblia afirma que Deus é santo (Levíticos 11,44; Apocalipse 4,8). Porém, contemporaneamente, apela aos crentes que busquem a santidade: “sejais santos por que eu sou santo” (Levíticos 11,45).
Há mais de dez mil santos e beatos católicos, visto que não existe um processo fixo de canonização.
Os santos são pessoas normais, que em vida tiveram atitudes muito benéficas para com o próximo e são nomeados de acordo com os milagres ou atitudes realizadas pelo Papa. Isso acontece desde a idade média, por volta dos anos 1300. Antes, porém, os santos eram pessoas com valor apenas a nível regional. Era o bispo de cada diocese a estabelecer a santidade e o conseqüente culto na respectiva região geográfica. Se uma diocese celebrava a memória de uma pessoa, não significava que outras dioceses o fizessem.
Antes ainda, no início da igreja, não existia uma canonização propriamente dita. O martírio era a confirmação da santidade de uma pessoa e, portanto, os primeiros santos foram os primeiros mártires, que são chamados também de proto-mártires - Normalmente se diz que Santo Estevão foi o primeiro mártir da igreja. Alguém que era martirizado recebia a graça da memória dos fiéis. Foi somente em seguida que o título de santo passou a outras pessoas.
A seguir, veremos alguns santos católicos e suas histórias.


3.1 São Jorge

Falecido em 23 de abril de 303, na Nicomédia, São Jorge é o santo patrono da Inglaterra, Portugal, Geórgia, Catalunha, Lituânia, da cidade de Moscovo e, extra-oficialmente, da cidade do Rio de Janeiro (título oficialmente atribuído a São Sebastião), além de ser padroeiro dos escoteiros, do S.C Corinthians Paulista e da Cavalaria do Exército Brasileiro.
A devoção a São Jorge é tida na Igreja Católica, Ortodoxa, Anglicana e na Umbanda. Seu principal templo fica em Lida, Israel, nomeado como Igreja de São Jorge, onde se encontram suas relíquias como a cruz de São Jorge e sua espada. Seu templo foi erguido a mando do imperador romano Constantino I.

Nascido na antiga Capadócia mudou-se ainda criança para a Palestina com sua mãe, após seu pai ter falecido em batalha. Sua mãe, originária da Palestina, possuía diversos bens e o educou com esmo. Já na adolescência, Jorge entrou para o exército romano e logo foi promovido a capitão e recebeu o título de conde da Capadócia pelo imperador. Aos 23 anos, sua mãe faleceu e ao receber a herança, foi residir na corte imperial em Nicomédia, exercendo a função de Tribuno Militar. Ao perceber que havia tanta crueldade contra os cristãos, Jorge distribuiu sua riqueza entre os pobres.

Quando o imperador Diocleciano declarou seus planos para eliminar os cristãos, Jorge declarou-se espantado com tais planos e afirmou que os ídolos adorados nos templos pagãos eram falsos deuses. Todos ficaram atônicos com sua declaração, que defendia com ousadia a fé em Jesus Cristo. Indagado por um cônsul sobre a origem dessa ousadia, Jorge prontamente respondeu-lhe que era por causa da Verdade. O tal cônsul, não satisfeito, quis saber: "O que é a Verdade?". Jorge respondeu-lhe: "A Verdade é meu Senhor Jesus Cristo, a quem vós perseguis, e eu sou servo de meu redentor Jesus Cristo, e Nele confiando me pus no meio de vós para dar testemunho da Verdade."

O imperador então tentou fazê-lo desistir de sua fé com torturas, porém Jorge permaneceu fiel e muitos soldados tiveram compaixão com ele, pois mesmo sendo torturado diariamente, de diversos modos, ele não abria mão de sua fé. Foi essa fé que levou diversos romanos a se converterem ao cristianismo, inclusive a mulher do imperador. Diocleciano desistiu de convencê-lo e ordenou que o degolassem no dia 23 de abril de 303, na Nicomédia (Ásia Menor).  Seus restos mortais foi levado para Lida, onde foi sepultado e mais tarde o imperador Constantino, também cristão, ordenou a construção de um oratório para que a devoção de São Jorge fosse espalhada por todo o Oriente. Hoje, existem diversas igrejas em homenagem ao santo.


A Lenda do Dragão e da Princesa

Segundo a sabedoria popular, é dito que: “Baladas medievais contam que Jorge era filho de Lorde Albert de Coventry. Sua mãe morreu ao dá-lo à luz e o recém nascido Jorge foi roubado pela Dama do Bosque para que pudesse, mais tarde, fazer proezas com suas armas. O corpo de Jorge possuia três marcas: um dragão em seu peito, uma jarreira em volta de uma das pernas e uma cruz vermelho-sangue em seu braço. Ao crescer e adquirir a idade adulta, ele primeiro lutou contra os sarracenos e, depois de viajar durante muitos meses por terra e mar, foi para Syle´n, uma cidade da Líbia.
Nesta cidade, Jorge encontrou um pobre eremita que lhe disse que toda a cidade estava em sofrimento, pois lá existia um enorme dragão cujo hálito venenoso podia matar toda uma cidade, e cuja pele não poderia ser perfurada nem por lança e nem por espada. O eremita lhe disse que todos os dias o dragão exigia o sacrifício de uma bela donzela e que todas as meninas da cidade haviam sido mortas, só restando a filha do rei, Sabra, que seria sacrificada no dia seguinte ou dada em casamento ao campeão que matasse o dragão.
Ao ouvir a história, Jorge ficou determinado em salvar a princesa. Ele passou a noite na cabana do eremita e quando amanheceu partiu para o vale onde o dragão morava. Ao chegar lá, viu um pequeno cortejo de mulheres lideradas por uma bela moça vestindo trajes de pura seda árabe. Era a princesa, que estava sendo conduzida pelas mulheres para o local do sacrifício. São Jorge se colocou na frente das mulheres com seu cavalo e, com bravas palavras, convenceu a princesa a voltar para casa.
O dragão, ao ver Jorge, sai de sua caverna, rosnando tão alto quanto o som de trovões. Mas Jorge não sente medo e enterra sua lança na garganta do monstro, matando-o. Como o rei do Marrocos e do Egito não queria ver sua filha casada com um cristão, envia São Jorge para a Pérsia e ordena que seus homens o matem. Jorge se livra do perigo e leva Sabra para a Inglaterra, onde se casa e vive feliz com ela até o dia de sua morte, na cidade de Coventry.
De acordo com a outra versã[, Jorge acampou com sua armada romana próximo a Salone, na Líbia. Lá existia um gigantesco crocodilo alado que estava devorando os habitantes da cidade, que buscaram refúgio nas muralhas desta. Ninguém podia entrar ou sair da cidade, pois o enorme crocodilo alado se posicionava em frente a estas. O hálito da criatura era tão venenoso que pessoas próximas podiam morrer envenenadas. Com o intuito de manter a besta longe da cidade, a cada dia ovelhas eram oferecidas à fera até estas terminarem e logo crianças passaram a ser sacrificadas.
O sacrifício caiu então sobre a filha do rei, Sabra, uma menina de quatorze anos. Vestida como se fosse para o seu próprio casamento, a menina deixou a muralha da cidade e ficou à espera da criatura. Jorge, o tribuno, ao ficar sabendo da história, decidiu pôr fim ao episódio, montou em seu cavalo branco e foi até o reino resgatá-la. Jorge foi até o reino resgatá-la, mas antes fez o rei jurar que se a trouxesse de volta, ele e todos os seus súditos se converteriam ao cristianismo. Após tal juramento, Jorge partiu atrás da princesa e do "dragão". Ao encontrar a fera, Jorge a atinge com sua lança, mas esta se despedaça ao ir de encontro à pele do monstro e, com o impacto, São Jorge cai de seu cavalo. Ao cair, ele rola o seu corpo, até uma árvore de laranjeira, onde fica protegido por ela do veneno do dragão até recuperar suas forças.
Ao ficar pronto para lutar novamente, Jorge acerta a cabeça do dragão com sua poderosa espada Ascalon. O dragão derrama então o veneno sobre ele, dividindo sua armadura em dois. Uma vez mais, Jorge busca a proteção da laranjeira e em seguida, crava sua espada sob a asa do dragão, onde não havia escamas, de modo que a besta cai muito ferida aos seus pés. Jorge amarra uma corda no pescoço da fera e a arrasta para a cidade, trazendo a princesa consigo. A princesa, conduzindo o dragão como um cordeiro, volta para a segurança das muralhas da cidade. Lá, Jorge corta a cabeça da fera na frente de todos e as pessoas de toda cidade se tornam cristãs.
O dragão (o demônio) simbolizaria a idolatria destruída com as armas da Fé. Já a donzela que o santo defendeu representaria a província da qual ele extirpou as heresias”.


Curiosidades

Atualmente existe uma grande variedade de produtos de moda que possuem a estampa de São Jorge, desde simples camisas a até mesmo bolsas de marcas famosas.

São Jorge é tido como o padroeiro do Sport Club Corinthians. Acredita-se que sua história de devoção e fidelidade à Verdade cristã até o fim de seu martírio seja a origem do termo "Fiel", popular entre os torcedores e presente em várias agremiações corintianas.

Bandas como Iron Maiden (Inglaterra) e Angra (Brasil) mencionaram São Jorge em seu trabalho: a primeira, em uma letra de uma música e a segunda, na capa de um CD.


3.2 São Paulo ou Paulo de Tarso
São Paulo, biblicamente conhecido como Paulo de Tarso, cujo nome original era Sha'ul ("Saulo") (Tarso, d.C 9 — Roma, d.C 64) é considerado por muitos cristãos como o mais importante discípulo de Jesus ("Yeshua") e, depois de Jesus, a figura mais importante no desenvolvimento do cristianismo.Paulo de Tarso foi um apóstolo diferente dos demais, como os outros verdadeiros Apóstolos, também teria visto Jesus Cristo.Paulo era um homem culto, destaca-se dos outros apóstolos pela sua cultura, considerando-se que em sua maioria era de pescadores. A língua materna de Paulo era o grego. É provavel que também dominasse o aramaico.Educado em duas culturas (grega e judaica). Alguns afirmam que ele foi quem verdadeiramente transformou o cristianismo numa nova religião, e não mais uma seita do Judaísmo. 

Infância

Paulo nasceu em Tarso, na Cilícia, que atualmente pertence à Turquia, numa família judaica. Nascido na tribo de Israel de descendencia Benjamim,adquiriu a cidadania romana mantendo a fé judaica, foi educado  na tradição judaica. Durante toda sua vida sua cidadania romana foi um meio de proteção física. A sua formação primária foi feita numa escola de cultura grega, como atestam as suas cartas. Mas ele afirma que recebeu também o ensino por parte de rabinos.
Jerusalém
Em determinada altura Paulo deve ter ido viver em Jerusalém. Não há dúvida de que passou uma parte importante da juventude em Jerusalém.Foi em Jerusalém que Paulo participou no apedrejamento de Estêvão, um líder de um grupo fervoroso dos seguidores de Jesus, naquela época nomeado diácono. Ainda não se chamava de Cristianismo a doutrina de Cristo, mas sim de "Caminho". O apelido "cristão", o termo que hoje e usado no mundo para todos os seguidores de cristo,surgiu pela primeira vez na cidade de Antioquia em referencia aos discípulos de Cristo naquela cidade. Paulo foi um perseguidor destes seguidores de Jesus. O argumento de Paulo na sua perseguição aos seguidores do "Caminho" era a defesa da "tradição dos pais" e da lei mosaica, que ele via como ameaçada pelos seguidores de Jesus.
Missão de Damasco                                                           
Saulo, ferveroso defensor da tradição judaica foi enviado a Damasco. Foi aqui que Paulo, indo no caminho de Damasco, já perto da cidade, viu um resplendor de luz no céu que o cercou, e caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: "Saulo, Saulo, por que me persegues?". Paulo muda de lado. Abandonou o nome Saulo e, deste momento em diante, fez-se conhecer como Paulo.
Viagens e apostolado
Após muitos anos de atividade missionária, com três grandes viagens apostólicas descritas na Bíblia, onde fundou diversas comunidades, foi preso em Jerusalém por volta do ano 61 d.C. sob a falsa acusação de estar infiltrando gentios no Templo de Jerusalém, o que era punido com a morte pelos judeus. Conseguindo se desvencilhar das mãos das autoridades do templo, apelou ao Imperador Romano, sendo enviado a Roma.Na viagem para Roma o navio em que seguia naufragou, tendo ido parar à ilha de Malta. Esteve numa gruta, onde hoje se situa a Igreja de São Paulo em Rabat. Durante os três meses que ali terá passado, São Paulo terá sido mordido por uma serpente e saído ileso do confronto. Um episódio que levou os habitantes locais a vê-lo como um Deus. Mais tarde, teria curado o pai do governador da ilha antes de partir.Quando finalmente chegou a Roma teria sido julgado e, após cerca de dois anos encarcerado, foi libertado e  então reiniciou sua atividade missionária. Visitou a Península Ibérica e retornou à Ásia Menor, onde, em Trôade, foi denunciado, sendo repentinamente preso e, mais uma vez, enviado a Roma. Lá, ficou encarcerado no Segundo Subsolo do Cárcere Mamertino.Foi julgado e condenado à morte por Nero que, naqueles tempos, estava perseguindo duramente os cristãos. Em face de ser cidadão romano, em vez de ser crucificado, Paulo teria sido decapitado em 64 d.C. em um lugar conhecido como Águas Salvias. Seu túmulo encontra-se na Basílica de São Paulo Extra-Muros, na "Via Ostiense", local tradicionalmente aceito como sendo de seu martírio.
Aspecto físico
Não se tem qualquer relato confiável do aspecto físico de Paulo. Os únicos relatos que se possui são dos finais do século II e não são mais do que a projecção dos ideais estéticos a uma figura lendária. Dizia-se que Paulo era manco de uma perna, tinha problemas de vista e era calvo, tinha aproximadamente 1,50 metros de altura.Há indícios de que Paulo tinha problemas de saúde, padecendo de uma doença crónica e dolorosa, da qual ignoramos a natureza, mas que lhe terá sido um obstáculo à sua atividade normal. Por volta dos anos 58–60 ele descrevia-se a si próprio como um velho.


3.3 São Miguel Arcanjo

São Miguel, do hebraico quem como Deus, é um dos principais anjos. Ele, príncipe da milícia celeste, travou no Céu um combate com o demônio. No eterno duelo entre o bem e o mal, Deus tem como aliados São Miguel e seus anjos, os santos e a Igreja, contra Satanás e seus demônios.
Quando um cristão deixa este mundo, a Igreja pede na missa de Réquiem que São Miguel o introduza na luz celeste, daí o hábito de representá-lo segurando uma balança onde as almas são pesadas.
O nome de São Miguel aparece nas seguintes passagens da Bíblia:
1. Em Daniel 10: 13 sqq, Porém o príncipe do reino dos Persas resistiu-me durante 21 dias; mas eis que veio em meu socorro Miguel, um dos primeiros príncipes, e eu fiquei lá junto do rei dos Persas. (...) Mas eu te anunciarei o que está expresso na escritura da verdade; e em todas estas coisas ninguém me ajuda senão Miguel, que é vosso príncipe.
2.Em Daniel 12, o anjo falando dos últimos dias do mundo diz: Naquele tempo se levantará o grande príncipe Miguel, que é o protetor dos filhos do vosso povo.
3. Em Apocalipse 12:7, E houve no céu uma grande batalha: Miguel e os seus anjos pelejavam contra o dragão, e o dragão com os seus anjos pelejavam contra ele; porém estes não prevaleceram, e o seu lugar não se achou mais no céu. São João fala o grande conflito do final dos tempos, que reflete a batalha no céu do início dos tempos.
São Miguel aparece ainda em uma Epístola apócrifa de São Judas disputando com o demônio o corpo de Moisés, segundo uma antiga tradição judaica.
De acordo com as passagens da Bíblia, são funções de São Miguel:
1.Lutar contra Satanás.
2. Resgatar as almas dos fiéis do poder do inimigo, especialmente na hora da morte.
3. Ser o campeão do povo de Deus, dos Judeus na Antiga Lei e dos Cristãos no Novo Testamento; assim, é patrono da Igreja e das ordem de cavalheiros da Idade Média.
4. Levar da terra as almas dos homens para o julgamento (Mas que o vosso porta-bandeira São Miguel as leva à santa luz, do ofertório da missa de defuntos.).


3.4 Nossa Senhora da Conceição

O rio Paraíba, que nasce em São Paulo e deságua no litoral fluminense, era limpo e piscoso em 1717, quando os pescadores Domingos Garcia, Felipe Pedroso e João Alves resgataram a imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida de suas águas. Encarregados de garantir o almoço do conde de Assumar, então governador da província de São Paulo, que visitava a Vila de Guaratinguetá, eles subiam o rio e lançavam as redes sem muito sucesso próximo ao porto de Itaguaçu, até que recolheram o corpo da imagem. Na segunda tentativa, trouxeram a cabeça e, a partir desse momento, os peixes pareciam brotar ao redor do barco.

Durante 15 anos, Pedroso ficou com a imagem em sua casa, onde recebia várias pessoas para rezas e novenas. Mais tarde, a família construiu um oratório para a imagem, até que em 1735, o vigário de Guaratinguetá erigiu uma capela no alto do Morro dos Coqueiros. Como o número de fiéis fosse cada vez maior, teve início em 1834 a construção da chamada Basílica Velha. O ano de 1928 marcou a passagem do povoado nascido ao redor do Morro dos Coqueiros a município e, um ano depois, o papa Pio XI proclamava a santa como Rainha do Brasil e sua padroeira oficial.

A necessidade de um local maior para os romeiros era inevitável e em 1955 teve início a construção da Basílica Nova, que em tamanho só perde para a de São Pedro, no Vaticano. O arquiteto Benedito Calixto idealizou um edifício em forma de cruz grega, com 173m de comprimento por 168m de largura; as naves com 40m e a cúpula com 70m de altura, capaz de abrigar 45 mil pessoas. Os 272 mil metros quadrados de estacionamento comportam 4 mil ônibus e 6 mil carros. Tudo isso para atender cerca de 7 milhões de romeiros por ano.


4. CONCLUSÃO

A partir deste estudo vemos que o Barroco foi uma espécie de continuação do Renascimento, pois ambos movimentos foram inspirados pela Antiguidade Clássica, embora cada um interprete de forma diferente: no Renascimento as qualidades de moderação, economia formal, austeridade, equilíbrio e harmonia eram as mais buscadas,enquanto no Barroco os temas idênticos mostrava maior dinamismo, contrastes mais fortes, maior dramaticidade, exuberância e realismo e uma tendência ao decorativo, além de manifestar uma tensão entre o gosto pela materialidade opulenta e as demandas de uma vida espiritual.
Na trajetória do Barroco também devemos contabilizar o papel exercido pela Igreja, preocupada naquele momento em frear os avanços do protestantismo e da renascença. O enfraquecimento do poder católico promoveu a disseminação dessa arte sinuosa e dramática utilizada como meio de reafirmação dos valores cristãos por meio de imagens que pretendiam causar impacto semelhante ao das esculturas. Não por acaso, o Barroco nasce na Itália, centro do poder católico, e ganha igual força entre os países ibéricos.

A história e atributos de santos e mártires católicos se viam representados com bastante freqüência na pintura, nas esculturas e construções do período. Os elementos eram dispostos de uma maneira pouco assimétrica, assumindo na maioria das vezes uma organização diagonal. Paralelamente, podemos também destacar um tipo de realismo que tentava captar situações cotidianas vividas por pessoas simples, propondo um contraste à reprodução das autoridades monárquicas que se firmavam na época.

Na pintura barroca podemos destacar algumas importantes obras como “Cristo em Casa de Marta e Maria” (1578), do pintor italiano Tintoretto; “Deposição de Cristo” (1602), de Michelangelo Merisi da Caravaggio; “Espólio” (1579), do pintor espanhol El Greco; “A Lição de Anatomia do Doutor Tulp” (1632), do artista holandês Rembrandt Harmenszoon van Rijn; e “Moça com brinco de pérola” (1665), do pintor Johannes Vermeer.

Na escultura e na arquitetura também possuímos um grande acervo de obras barrocas onde damos especial destaque a obras como “Êxtase de Santa Teresa” (1645 – 1652), do escultor italiano Gian Lorenzo Bernini; a “Igreja de Santa Maria della Pace” (1656 – 1657), projetada por Pietro de Cortona; “San Carlo alle Quattro Fontane”, do construtor italiano Francesco Borromini.

Escrito por: Mirian Regina Mendes